Ontem, uma amiga querida desejou um feliz natal e disse esperar que eu tivesse visto as luzes de natal se acenderem. Nem mesmo a explicação de que se tratava de uma referência a um texto meu, publicado no natal passado, foi suficiente para eu ter uma vaga ideia do que ela falava. Essa foi a evidência final de que o Natal está, pouco a pouco, morrendo dentro de mim.
Há dois anos, eu estava animado e fazendo coisas. Há um ano, as coisas estavam difíceis, mas não perdi as esperanças num suposto espírito natalino. Aí chega esse ano, que nem texto pré-Natal saiu. É como um processo de acreditar, duvidar, e, finalmente, desacreditar. Alguém poderia dizer que isso sou eu amadurecendo e deixando o ar infantil para trás, mas eu não concordo, a não ser que amadurecer signifique quebrar idealizações.