terça-feira, 14 de junho de 2016

caderno de leituras: O que é que ele tem

eu tenho um sério problema de esquecer o conteúdo de livros que li, e os que não resenho ou não escrevo textos-pra-mim-mesmo acabam ficando no limbo da minha memória. daí surgiu a ideia de ir registrando tudo nesse blog ~que está sempre suuuper atualizado~. não espere resenhas ou análises de verdade. são comentários despretensiosos das minhas leituras, e só.

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O que é que ele tem, de Olivia Byington. 184 p. Objetiva, 2016.

Quem queria ler mesmo é a minha avó. Ela ama qualquer coisa que explore a vida privada desses famosos de mais de quarenta anos e resolvi presenteá-la assim que lançasse. Foi aí que surgiu a ideia de eu ler antes para termos um novo tópico de conversas, nesses tempos de cada vez menos coisas para contar já que a minha vida real não é a mesma vida que minha avó conhece.

Um plano excelente, no fim. Não é o melhor livro do mundo - embora bem trabalhado -, mas eu gosto muito quando relatos não-ficcionais me deixam alguns dias imerso num universo temático que eu dificilmente alcançaria por outros meios. Com O que é que ele tem, passei a pensar muito sobre paternidade de uma forma geral, mas especialmente sobre dar luz e criar uma criança diferente.

segunda-feira, 13 de junho de 2016

poema-resposta

nos seis meses que passaram
ninguém nasceu
mas muitos morreram

a busca pelo (meu) lugar da poesia continua
encontro na cidade
uma outra cidade

é como ele disse
são paulo é o texto que eu escreveria

a voz que dita poesia mudou
a mão que masturba não escreve
ainda não li Navio Negreiro
agora o feijão é carioca

meu namorado não é cineasta
meu namorado não é meu namorado
meu namorado não

e
dos poemas que escrevi
talvez
eu
não
seja
(o)
escritor

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o guilherme pediu que eu escrevesse um texto sobre o livro-poema que produzi na Ato Zero ano passado. a vida aconteceu, o texto não saiu. até que acordei, hoje, dia do evento em que ele seria apresentado, e escapuliu um poema. taí.